quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

14º encontro 4/12/2009

TP1 INTERTEXTUALIDADE

Este encontro foi muito proveitoso por dois motivos: o primeiro foi que fez com que a maioria das cursistas relembrassem as várias formas de intertextualidade e vissem como isso pode ser usado em sala de aula. O segundo motivo foi o entusiasmo com que elas participaram das atividades propostas. Foi um encontro muito divertido, visto que tinha uma infinidade de slides e vídeos (cedidos pelo Profºª Djalma) para enriquecer ainda mais nossa aula, pena que eu não consigo pôr os vídeos no blog). No último momento alguns professores mostraram o material sobre o tema "intertextualidade"que haviam levado, infelizmente foram poucos que levaram. Fiquei surpresa quando as professoras assumiram que não levaram nada simplesmente porque não lembravam o que era "intertextualidade" . O Gestar está sendo muito proveitoso aqui no meu município principalmente por promover uma reciclagem nos métodos e técnicas de ensino usados por nossos professores além de ampliar seus conhecimentos.
Para o próximo encontro dividimos as seções do TP1 entre as cursistas, para que as mesmas lessem e comentassem na próxima aula, fazendo isso eu consigo com que elas façam a leitura do TP e participem mais do encontro.


Na poesia:


Canção do Exílio

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.


Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.


Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.


Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;


Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;


Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."


Gonçalves Dias


Canção do Exílio

Minha terra tem macieiras da Califórniaonde
cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
gente não pode dormir
Os sururus em família têm por testemunha a
[ Gioconda
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de
[ verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!

Murilo Mendes


NA arte:




Mona Lisa, Leonardo da Vinci. Óleo sobre tela, 1503.



Mona Lisa, de Marcel Duchamp, 1919.


Mona Lisa, Fernando Botero, 1978



Mona Lisa, propaganda
Na publicidade: